Uma das primeiras corporações a adotar computação na nuvem no seu modelo de TI, a Lojas Renner – que planeja fechar 2012 com 194 lojas e 40 da Camicado no país- aperfeiçoa o uso de cloud e troca de provedor de e-mail – sai o Google e entra a Microsoft – para unificar serviços de comunicação.
“Ideia é integrar rede social interna e telefonia IP”, conta Leandro Balbinot, responsável pela área de TI. Implantação desse novo modelo de colaboração está previsto para terminar em outubro. O executivo, que nesta terça-feira, 15/05, participou de um painel sobre o uso de computação na nuvem no Brasil durante a BITS 2012, deixou claro que ir para o modelo cloud está ligado ao planejamento estratégico de cada corporação.
“Cada um sabe da sua necessidade. Não há mágica no uso de cloud. Se eu fosse um banco e tivesse um datacenter que atendesse a minha exigência, muito provavelmente não iria para nuvem. Não é uma questão de apologia do que é considerado novo em TI. É ferramenta de negócio”, frisou.
E dentro desse conceito, a Lojas Renner trabalha, agora, para levar seu ERP para a nuvem. Mas com cuidado necessário: o pacote de gestão que está sendo testado em cloud é o financeiro. O de varejo ainda está bem distante desse projeto.
“Estamos realizando testes com a Oracle que é a nossa fornecedora de ERP. Até o final do ano queremos ter o ERP financeiro na nuvem porque é uma facilidade para nós. Vamos contratar o serviço deles direto dos EUA. Eles vão nos dar suporte. Mas o ERP de varejo ainda é muito sensível e precisa de mais tempo para consolidarmos qualquer projeto de nuvem”, explica.
A migração do e-mail do Google Apps – adotado em 2009 – para o Office 365 da Microsoft foi realizada em fevereiro. “Não tivemos nenhum ruído de migração. E não troquei porque um é melhor do que outro. A questão é que a plataforma da Microsoft é melhor para a parte de comunicação unificada. Queremos ter uma colaboração mais efetiva na rede”, acrescenta Balbinot.
E, apesar de ampliar o uso da nuvem, o executivo das Lojas Renner salientou que ainda é preciso ajustes no relacionamento com os provedores de serviços. Balbinot frisou, durante a sua palestra na BITS 2012, que um dos seus testes é saber se o fornecedor na nuvem cobra multa por tempo de contrato. “Nuvem significa trocar de fornecedor quando houver interesse. É sair do contrato quando se quer. Se há multa. É uma falsa nuvem”, afirmou.
O uso de datacenters fora do Brasil – adota o serviço da Oracle – poderá ser revisto, caso, de fato, o serviço que está sendo contratado venha a ser instalado aqui. “Existe um projeto que se tenha esses dados de ERP aqui no Brasil. Mas já tenho, em São Paulo, uma rota para recuperação de desastres. Planejar, como já disse é o grande segredo de usar nuvem”, completou o executivo.
Fonte: Convergência Digital